quarta-feira, 17 de junho de 2009

No news is good news...



Não sou uma pessoa muito família. Nunca fui. Talvez porque desde criança vivi mudando de cidade em cidade e cada vez para mais longe de tios, primos e avós. Apesar da pouca convivência com toda a parentada durante a minha infância, desde que mudei para cá e agora moramos perto, consequentemente, nos aproximamos, mas nem por isso aumentamos o nosso convívio. Claro que em celebrações importantes, como aniversários, formaturas e dia das mães estamos sempre reunidos, mas aquela convivência diária não existe. Não porque a gente não se ama e não se dá bem, MUITO pelo contrário, mas acho que é comodismo ou costume mesmo, quem sabe é até uma tradição familiar.



Hoje tive uma prova disso. No meio da manhã, meu celular toca e o identificador de chamadas denuncia: Tia Odete. Meu primeiro pensamento foi: “nossa, que legal” e logo em seguida mudou para “Meudeus, o que será que aconteceu?”. E de fato aconteceu. Nada grave (espero!), mas me fez pensar porque ligações entre a nossa família não podem ser corriqueiras e normais. Esses dias percebi que tinha uma grande novidade e que só contei para a minha vó quando já nem era tão novidade e nem tão grande assim.


À tarde, também hoje, novamente meu celular tocou, mas dessa vez o identificador de chamadas não ajudou, “desconhecido”. Sempre tenho receio de atender essas ligações, mas num impulso atendi. E uma voz longínqua e estrangeira denunciou sua origem: Itália. Era meu cunhado querendo saber notícias da família e se estava tudo bem (a notícia de que algo aconteceu também já tinha chegado por lá).



A conclusão disso tudo é que, essa tecnologia que se tornou corriqueira atualmente, email, skype, orkut, twitter e por aí vai, ajuda, mas não chega aos pés de uma boa conversa ao telefone ou, ainda melhor, uma agradável visita no fim da tarde.


E é isso que vou fazer. Sair do trabalho e dar um oi na casa da família! Fui!


3 comentários:

Ju Campoy disse...

Eu pensarei eternamente que se alguem da familia liga em uma hora que eles sabem que eu estou ocupada (lembrando os tempos de INFLUX) é porque alguma desgraça catastrófica aconteceu.... hauahauhauah
Saudadeeeeeee

Mayra M. disse...

A gente sempre está tão perto. Tão geograficamente grudados. Mas não fazemos questão de validar isso. Os laços mais fortes que tenho na minha família (além dos meus pais) são aqueles que estão mais longe de mim: minha avó e minha tia-avó, aquelas de Itararé.
Parece que a avó (a outra) que tenho aqui, por estar sempre tão 'a mão', acaba sendo negligenciada pelo comodismo.
Entendo muito bem o que você diz.

Pedro Martins disse...

Família..ah.. Família.. acorda junto todo dia... como diria os Titãs.. mas enfim, somos da mesma família mas nunca nos tratamos como parentes e sim como bons amigos, e esta é a mágica, este é o bom de resto é o incoveniente de ser humano, mil bjs linda!