quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

O ócio


Situação I

Amiga 01:
E aí? O que você vai fazer hoje?

Amiga 02:
Hoje não tenho NADA para fazer.

Amiga 01:
Ah, então vamos ter que inventar alguma coisa.

Amiga 02:
Não não, no momento não ter o que fazer é uma coisa boa.

Amiga 01:
Ah, tá (?!?!?!)

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Situação II

Rapaz:
Oi, tudo bem? Queria saber se você pode trabalhar na terça e quinta-feira desta e da próxima semana.

Moça:
Hummm, hoje eu tenho um compromisso, mas vejo se consigo desmarcar e te aviso.

Rapaz:
Ok.

Horas depois...

Moça:
Oi, desculpa, mas não consegui desmarcar. Fica para uma próxima.

Rapaz:
Que pena! Ok, entraremos em contato novamente.

Moça:
Obrigada! Tchau. (E pensa: Não não, obrigada, compromisso com as minhas amigas é bem mais importante no momento)
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Pode parecer loucura para muitos, mas a frase “hoje não tenho o que fazer” soa como música aos meus ouvidos. Depois de passar quase o ano inteiro com cerca de 6 horas livres por semana (e isso é quase a realidade), o ócio é realmente produtivo para a minha mente. Tenho tempo para colocar as idéias em dia, tempo para sair com os amigos a qualquer dia da semana, tempo para praticar esportes e tempo para simplesmente não fazer nada ou fazer o que quiser!

E agora com licença que tenho que ler minha revista favorita. Sim, agora tenho tempo para isso também! =)

segunda-feira, 3 de novembro de 2008

Instabilidade


Ando mais instável que a Nasdaq em plena crise mundial. Talvez eu esteja a beira de um colapso, como aconteceu em terras gringas em 1929. Mas aí tudo passa. Se a bolsa de Nova York se recuperou, por que eu, logo eu, não me recuperaria? E é isso que me consola. E me deixa quase tão calma quanto as águas do mar morto. Mas como todo mar está sujeito a agitações, logo vem um tsunami e pronto, o caos está instaurado novamente. Quase que como um furacão, minhas emoções se agitam. Estou cansando dessa quantidade de emoções que tomam conta de mim e nem pedem permissão para entrar, um sobe e desce desenfreado que mais parece uma montanha russa...

Alguém sabe onde que eu aperto para descer?

quarta-feira, 24 de setembro de 2008

Um adeus...

C´est la deuxième fois que j´essaie d´ecrire un testimonial. J´espere que ça marche (l´orkut n´est pas genial). Thais est une petite grande dame. Toujours sourriante et symphatique. Je crois que elle est la plus diplomatique que j´ai connu. En plus, elle est belle et inteligente.
Je t´embrasse.
(le français.. ça marche pas bien...hahaha)

Testimonial do orkut em francês? É, só poderia ser dele mesmo...

No dia que ele nos deixou não pude deixar de lembrar de uma das pessoas que me apresentou o orkut, em 2004. Realmente, ele era um passo à frente. Tão à frente que seus atos são incompreensíveis. Assim como as discussões que ele levantava em sala eram praticamente impossíveis de serem acompanhadas e de poder retribuir um ocmentário à altura, seu ato desta segunda-feira também é inexplicável. Doce, alegre e a característica que não passava despercebida: sua inteligência. Um intelectual promissor, um gênio incompreendido. E incompreendido foi até seu último dia.

Mas prefiro ficar com a imagem da festa, vinho e uísque, a música alta, a conversa sobre o futuro e a última frase, com certeza a mais marcante e verdadeira: Gosto muito de vocês. Impossível não lembrar deste momento com um sorriso no rosto.

E é assim que sempre vou me lembrar de você...

Com certeza as minhas palavras, num texto tão singelo, não chegam à altura do que deveria ser uma homenagem àquele que tinha tudo para ser um prêmio Esso. Mas a emoção e a tristeza não me inspiram.

"Gosto muito de vocês..."

quarta-feira, 17 de setembro de 2008

Amigo é uma droga!



Ahan, isso mesmo! Explico: "as boas amizades são capazes de provocar um fliperama cerebral que ativa drogas produzidas pelo próprio corpo. É o que os cientistas chamam de natural high".

A explicação científica é só para embasar o que eu já sabia, e acredito que a maioria das pessoas também. Estar entre amigos vicia. Mas do lado bom da coisa.

Não foi hoje que eu percebi que encontrar com os amigos é um bom muito mais forte que o bom do chocolate, o bom da praia ou o bom do sol. O bom dos amigos é que eles complementam as coisas boas e ainda por cima conseguem deixar as coisas ruins boas. Parece contraditório. E é.

É o bom da amizade que deixa uma tarde chuvosa de domingo animada, que deixa a balada furada divertida, o cachorro quente da esquina mais gostoso, tardes intermináveis de trabalho engraçadas e uma simples conversa por telefone se transforma em um sentimento inexplicável.

"Manter-se por perto de pessoas com quem se tem afinidades, ativa substâncias relacionadas ao comportamento social, como a ocitocina. Ela leva a uma diminuição do nível de estresse e agressividade".

Ou seja, fofocaterapia cientificamente comprovada.

Amo meus amigos. Não aqueles 537 que o orkut diz que eu tenho. Mas aqueles que realmente importam, que sabem a hora que você precisa de apoio e também sabem a hora de te deixar sozinha, que sabem que não importa o tempo e a distância, quando juntos parece que o tempo nunca passou, que te entendem, te respeitam e não só passam a mão na tua cabeça, mas mudam o tom de voz quando você merece uma bronca ou se emocionam quando você merece um parabéns.

Não só amo, mas me orgulho dos meus amigos. Tenho um carinho especial e diferente por cada um deles e me orgulho de cada conquista de todos eles. E não precisa ser uma conquista digna de Guiness Book. Basta uma pequena alegria, superar uma dificuldade aqui, conseguir algo importante ali... e meu coração já se enche de alegria, um sentimento quase fraternal que toma conta de mim e me faz ter vontade de soltar gargalhadas, de abraçar, de rir até doer a barriga, e de continuar acumulando conquistas e alegrias, compartilhando angústias e tristezas, porque é isso que importa. . Quero tê-los ao meu lado. E sempre.


Amigos de infância, de faculdade, de trabalho. Amigos espalhados pelo Brasil e pelo mundo. Novos, velhos, da família ou que se tornaram parte dela. Amiga-irmã, amiga-brava, amiga-ciumenta, amiga-centrada, amiga-inteligente, amiga-prima, amiga-engraçada, amiga-preocupada, amiga-louca, amiga-estudiosa, amiga-perdida, amiga-atrapalhada, amiga-companheira... AMIGA!

Tenho todas e preciso diariamente da minha droga para manter minha sanidade mental!

sexta-feira, 8 de agosto de 2008

Superstição

Lua crescente, 08/08/08, dia da sorte chinesa... Uma data que não poderia passar despercebida, certo?

quinta-feira, 31 de julho de 2008

Dois milhões é igual a um


2.618.400 segundos... 44.640 minutos... 744 horas... 31 dias... 1 mês...

Tão pouco e ao mesmo tempo... muito, muito mais do que parece. Se contados em meses, essa distância vira insignificante. O que significa um mês quando misturados em todos os outros meses que já existiram em nossa vida? Eu sei bem o que significa, são exatos 2.618.400 segundos que não te vejo. Dois milhões! É um número grande demais para o meu coração suportar sem lágrimas.

E agora vivo das memórias. O seu cheiro, o seu olhar, o seu sorriso... Só as memórias me permitem viver isso ao escutar a sua voz, a três mil quilômetros de distância. Numa mistura de sons e sentimentos, de vozes e lembranças, de novidades e planos. E claro, de lágrimas e sorrisos.

Nesse turbilhão de emoções nada parece me contentar. Queria horas e mais horas com você, risos, vivências, experiências. Coisas tolas e momentos sérios, idéias abandonadas, planos concretizados. Tudo parece ter ficado on hold. Sem data certa para começar e muito menos para acabar. Meu futuro é tão claro quanto um som eletrônico pé de serra, que ainda não sabe para que lado vai, se fica ou se sai correndo. Aliás, sabe bem para que lado quer ir, mas quando isso vai virar realidade é a pergunta mais difícil de ser respondida.

Saber... Querer...

Sei bem o que quero. Quero acordar ao seu lado, sem ter que me preocupar se o meu celular tem bateria, se o seu estava desligado na noite anterior, se hoje vai chover ou se mais alguém vai querer usar o telefone naquele momento. Quero poder reclamar da sua barba crescendo, ao reparar que ela está ficando ruiva por culpa do sol. Quero dormir assistindo um filme, com você me chamando a cada minuto e desistindo pouco tempo depois. Quero experimentar novos pratos e dar sugestões nos temperos. Quero passar rapidinho na sua casa só para te dar um beijinho e sair correndo, atrasada para o meu próximo compromisso. Quero comer antes da hora e fingir que não estou mastigando. Quero dar risada até perder o ar e implorar para você parar. Quero mentir que estou chegando só para te apressar e te ver bravo em poucos minutos. Quero dividir a água de coco, comer churros e ainda experimentar a maior tapioca do mundo. Quero ficar quietinha, só sentindo a sua respiração e saber que vai ficar tudo bem. Quero desligar o telefone sem lágrimas nos olhos e sem aperto no coração... E mais do que qualquer coisa, quero ver você feliz, para me fazer feliz ao seu lado.

Quero dois milhões de coisas, mas na verdade quero só um.

quinta-feira, 24 de julho de 2008

Fêlicidade


É um tema polêmico. Afinal, onde está a felicidade? Não é justo depositá-la nas costas de uma única pessoa e esperar que ela te faça feliz. Também não podemos depositar todas as esperanças de ser feliz no trabalho ou em ter uma família ideal. Mas na verdade, a gente sempre quer ter o nosso conto de fadas pessoal, com tudo perfeito, e ainda, se possível, um cavalo branco na garagem, para ter certeza que o príncipe encantado nunca vai deixar de existir! Ah, e sem falar, é claro, do emprego dos sonhos, o corpo perfeito e uma família que vive em um eterno comercial de margarina.

Tudo isso com certeza ajuda a fazer com que a felicidade fique sempre grudadinha do nosso lado, mas não é só isso. Pode parecer clichê, mas a felicidade está sim dentro de nós. A minha Fêlicidade sem dúvida está dentro de mim. Bem espaçosa dentro do meu coração, ela até tenta roubar os outros espacinhos que deveriam ser destinados a outros aspectos da minha vida. Mas esse meu sentimento é uma mistura de muitos outros... amor é um deles, o principal eu diria. E talvez seja esse o principal ingrediente para que a felicidade bata à sua porta e não queira mais te deixar.

O amor às pequenas coisas do dia-a-dia e às grandes também.

O amor e a satisfação de saber que tem alguém que te ama e te entende, por mais que essa pessoa não esteja sempre do seu lado ou bem pertinho de você.

O amor e a gratidão de ter uma família, por mais que dispersa em outras casas e outras cidades, mas que quando está junta, até parece que ninguém nunca esteve longe.

O amor e a dedicação de ter um trabalho, por mais que não seja milionário ou o dos seus sonhos, com certeza tem pontos positivos que te fazem uma pessoa melhor e que te ajudarão no futuro.

Amor e apreço por você próprio, afinal, você não é da altura que gostaria de ser, com o peso que gostaria de ter ou com a cor do cabelo que considera ideal.

Mas essas pequenas coisas, destoantes do nosso conto de fadas é que fazem a vida ter graça e fazem com que a gente continue sempre lutando por algo melhor.

A minha Fêlicidade eu sei bem onde está. Está comigo o tempo inteiro, mesmo que seja em pensamento. Por mais que às vezes ela se manifeste em forma de preocupação, um apertinho no peito, e até uma tristeza passageira, eu sei que a Fêlicidade não me abandona nunca e que daqui um tempinho vai estar ainda mais em evidência.

É só uma questão de tempo e de promoções aéreas...

terça-feira, 24 de junho de 2008

À espera do final feliz...

Era uma vez uma princesa que adorava novidades. Desde quando nasceu, ela mudava de reino em reino para conhecer coisas novas e viver experiências diferentes, pois acreditava que só assim poderia conhecer tudo o que o mundo realmente oferece. A família real às vezes se mudava junto com a princesa e de vez em quando ela ia sozinha, mas isso nunca a amendrotou. Ela jamais teve medo de mudanças e de viver em lugares diferentes e longínquos, porque sabia que crescia um pouco mais a cada nova conversa, novo lugar e nova pessoa com quem convivia. Ela tinha certeza que sempre deixava algo de bom nas pessoas que conhecia e por isso, apesar da tristeza de ter que partir e se distanciar das novas – e velhas – amizades, ela se sentia feliz de saber que na volta, mesmo que remota e distante, as pessoas mudariam e o reino também, mas aquele sentimento bom, daquele momento vivido, nunca morreria.

E assim ela passou por vários lugares, conheceu muitas pessoas e experimentou um pouco de algumas das culturas dos reinos perto do seu. Mas em uma dessas andanças ela conheceu um pessoa mais do que especial, por quem se apaixonou. Ele era seu verdadeiro príncipe encantado e formavam um lindo casal, viviam sempre muito felizes. Assim como em qualquer outro relacionamento passaram por dificuldades, mas o amor entre eles era maior do que qualquer adversidade. Foram anos de alegria, companheirismo, alegrias e tristezas divididas. Um ia, o outro vinha e, apesar de algumas vezes estarem em reinos distantes, sem dúvida nenhuma seus corações sempre estavam juntos (e misturados!).


O casal fazia planos para viverem felizes para sempre, quando, de repente, uma terrível guerra estourou em um reino muito distante. O príncipe, um dos melhores guerreiros da região, foi convocado às pressas para comandar o exército da frente de batalha e em poucos dias teve que se mudar, sem data certa para voltar. Ele foi e ela ficou. Sem reação, a princesa não sabia como continuar sua vida longe do seu príncipe encantado e chegou até a pensar em ir com ele. Mas como? Largar sua família, seus planos, sua vida por causa de um.... amor?



Nos contos de fada a decisão parece ser óbvia, mas e na vida real?

segunda-feira, 2 de junho de 2008

O nariz é meu

Que poder as pessoas acham que têm para resolver decidir o que vai ser da vida dos outros? É engraçado essa crença de algumas pessoas se acharem mais capazes ou mais experientes do que as outras e decidirem sobre o destino ou até mesmo sobre as pequenas coisas da vida dos outros. É quase que um vício do ser humano opinar sobre a vida alheia e acreditar que se os outros não vivem como eles, então está tudo errado. Os famosos sofrem com o julgamento público o tempo todo e isso se tornou tão normal que a vida deles é tema de conversas entre amigos, colegas e nos programas de tv desesperados por audiência. Mas isso já se tornou tão normal que são poucas as vezes que os ricos e famosos são realmente difamados, na maioria das vezes já surge outro boato e as pessoas esquecem do borburinho anterior. A maldade é grande, mas não chega a fazer grandes estragos (quero deixar bem claro que não concordo com a imprensa que vive às custas das novelas e reality shows globais).

Mas o que mais me assusta é a agressividade com as pessoas normais mesmo. Tenho visto, vivido e assistido à algumas situações com as quais eu realmente não me conformo. Não consigo entender como que alguém consegue se sentir bem usando todo o poder (que muitas vezes nem tem) para opinar, julgar e decidir sobre outras vidas. Aquelas pessoas que acreditam ser mais poderosas que as outras, que são prepotentes o suficiente para acreditarem que são donas da vida dos outros. Tem gente que se acha um pouco Deus e sai palpitando e impondo sua vontade sem ao menos questionar se o que estão fazendo é certo. Não se importam com os sentimentos alheios, e passam por cima até mesmo das mais inocentes das criaturas, que não tem defesa nenhuma.

Me indigno assistindo filmes que infelizmente sei que são verdade. Não acredito que uma pessoa usa e abusa do poder para conseguir dinheiro ilicitamente às custas de outras pessoas, ou utiliza do seu conhecimento para decidir sobre o direito à vida.

Quero ser dona do meu próprio nariz. Queremos ser donos do nosso próprio nariz. Querem ser donos do nosso próprio nariz.

quarta-feira, 21 de maio de 2008

Ponto de vista

Tudo é uma questão de ponto de vista. Aquela velha premissa do copo que pode estar meio cheio (na visão otimista) ou então meio vazio (na visão pessimista). A visão pessimista parece ser mais simples. É sempre mais fácil reclamar do que ver o ponto positivo de cada situação. Em certas ocasiões, quando já se está no fundo do poço, ter uma visão otimista sobre a vida é cada vez mais difícil. Admiro aquelas pessoas que sempre veêm o lado bom das coisas. Confesso ter uma certa dificuldade para agir assim... especialmente quando acho que as coisas não podem melhorar. Mas fora disso, consigo manter o bom humor e, principalmente, o sorriso no rosto.

Não gosto de energias negativas e tento manter essas pessoas afastadas de mim. Entender que os outros podem estar errados, ajudar na dificuldade de quem convive com você e sempre tentar melhorar o que não está certo. É esse tipo de pessoa que eu gosto de estar ao lado.


Está ruim? Ah, podia estar pior!


Mas um pensamento melhor do que esse é:


Está ruim? Ah, vamos tentar melhorar então!


Não precisa ficar sorridente quando tudo está errado, mas, na minha opinião , é imprescindível procurar soluções para que as coisas fiquem melhores para que a gente possa parar de reclamar!


Ufa, a maré de má sorte parece estar chegando ao fim. Então sim, sorte era o que eu precisava. Mas competência e manter a cabeça sempre pra cima é ainda mais essencial do que simplesmente, sorte!

segunda-feira, 12 de maio de 2008

Não deixe a rosa morrer

Por que se a rosa morrer, não tem mais jeito. É preciso muito mais esforço e desgaste para tentar fazê-la voltar à vida, do que para mantê-la saudável. Nunca deixe a rosa sem ao menos um pouquinho de carinho e nunca esqueça de regá-la constantemente. Só assim ela vai crescer sempre, bonita e saudável, e só vai te trazer alegrias.

Eu tenho um roseiral. Mas para dar conta das rosas que eu achava que eram mais importantes, acabei deixando uma ou outra de lado, para me dedicar exclusivamente àquelas com as quais eu mais me identificava. Mas assim como uma andorinha só não faz verão, poucas rosas lindas e saudáveis a desabrochar no meio algumas outras que não tiveram a oportunidade de crescer e se mostrarem tão, ou até mesmo, mais importantes que as outras, não formam um roseiral.

De agora em diante, vou dividir a minha atenção à todas as rosas, mesmo aquelas que pareçam pequenas e sem força para crescer, pois aprendi que com dedicação e paciência, todo e qualquer botão de rosa pode tornar-se uma bela flor.

quarta-feira, 7 de maio de 2008

Tanti alguri a te!



Hoje é um dia especial.








É especial porque é um dia de comemorações, que infelizmente eu não vou participar ativamente, mas comemoro com ela todo e cada dia que nos falamos, e porque não cada dia que existo, porque não é pelo fato de não nos falarmos por um ou dois dias (e a gente não aguenta muito mais do que isso) que não penso ou não sinto a presença dela no meu coração.

O dia é especial porque é o dia de uma pessoa mais do que especial. Quem a conhece sabe que não existe uma palavra que resuma a presença dela na nossa vida. Radiante, irradia luz e alegria por onde passa, otimista e realista, não tira o pé do chão por nem um segundo se quer e sabe exatamente o que quer e o que não faz questão nenhuma de ter na sua vida. Teimosa e persistente. Não adianta querer mudar o ponto de vista dela, ela é assim. Talvez até saiba que precise mudar de idéia, ou abrir a mente para novas idéias, para, quem sabe, provar pra si mesma que estava errada sobre esse ou aquele aspecto. Mas não, ela dá um jeito de mostrar-se certa, não para dizer pros outros "viu? não avisei?", mas porque ela se conhece e sabe que não adianta teimar com ela mesma! A não ser que seja um italiano teimando, porque daí a resposta vai ser "tá bom", só pra parecer que concordou, mas eles sabem que no fundo, a opinião dela é a mesma desde antes da discussão.

E isso a torna única. Não consigo pensar em um único momento em que ela viu o lado ruim das coisas. Ok, talvez só uma, a bendita Itália. Aliás, já não dá mais pra falar dela sem falar da Itália. Parece que nasceu com um pézinho lá, não pelo fato de ter ascendentes italianos, a cultura com certeza influenciou um pouco, mas nunca foi decisiva na sua vida. Mas agora é. E da forma tão gostosa e risonha que a Itália se mostrou na nossa família, parece que sempre será parte não só da vida dela, mas da vida de todos nós também.

Irmã, mas mais do que irmã, amiga essencial. Impossível ter um dia ruim ao seu lado, e impossível não ser contagiada pela alegria e descontração que só ela tem. Consegue brigar com um sorriso no rosto e depois ainda rir de tudo, e ao final, até esquecer que tinha brigado. E como brigar com ela? Tem alguma coisa no nosso gênio que se complementa e faz com que nos nossos 23 anos de convivência até hoje não tenha acontecido uma briga se quer. Posso dizer que tenho a irmã mais perfeita e desejo que todo mundo tenha uma irmã como ela!

Admiro, torço e amo. Amo muito e amo sempre. E sinto saudades... quantas saudades!!

Só posso agradecer à Deus por ter você na minha vida e peço à Ele que ilumine e te acompanhe em cada passo da sua existência, para você continuar sendo essa pessoa maravilhosa que se tornou e continue conquistando cada vez mais e mais na sua vida. Simplesmente porque você merece. Merece não só as coisas materiais que conquistou, mas também toda a admiração, amor e respeito de todos que convivem com você!

Parabéns, cara!!!!!

segunda-feira, 28 de abril de 2008

Hoje é segunda-feira!

O típico dia de começos e recomeços. E hoje tenho três coisas para começar: estudos, academia e resolver pendência trabalhistas (long story).

Resolvi fazer tudo hoje porque sou sim uma típica brasileira que deixo para começar na segunda-feira, só para ainda ter o fim de semana sem se preocupar com as obrigadações semanais!

Então deixo aqui o compromisso...

sexta-feira, 25 de abril de 2008

Sentimentos inexplicáveis



As emoções dentro de mim sempre foram muito fortes. Mas hoje em especial reflito sobre duas emoções que, ultimamente, tomam conta de mim com maior frequência: a irritação e a sensibilidade.

A sensibilidade não é novidade. Sou uma pessoa sensível e sempre fui. Quando criança era só alguém levantar a voz comigo que meus olhos já se enchiam de lágrimas. E até hoje não mudei muito. Aprendi a conviver com esse sentimento, mas choro, e choro mesmo! Existem pessoas que têm o dom de me fazer chorar, não porque me deixam tristes, mas porque me emociono com toda e qualquer manisfestação de amor e carinho. Controlar esse sentimento não é fácil, quando menos espero meus olhos já estão cheio de lágirmas ou tenho um nó na garganta. Há alguns dias me espantei comigo mesma. Estou acostumada a chorar em filmes, novelas, seriados e até em algumas propagandas! Apresentação de crianças, temas emocionantes, palavras que tocam... mas nunca tinha me visto chorar por ver uma linda apresentação de... patinação! Pois é, essa nem eu entendi, mas me emocionei de verdade. Talvez seja uma mescla de sentimentos, lembranças e vontades que tomaram conta de mim naquele momento e senti uma lágrima rolando no meu rosto. Mas tudo bem, já me aceitei como uma pessoa chorona! Mas irritada... ainda não!

Não sei bem ao certo como que a irritação surgiu dentro de mim. Não quero procurar culpados, mas acho que descobri como esse sentimento funciona há quase seis anos quando conheci uma pessoa que se irrita com uma certa facilidade. Ao longo do tempo, ele foi se irritando menos (não que não se irrite mais, longe disso!) e eu fui conhecendo esse sentimento e agora sinto que às vezes ele toma conta de mim. Ficar sentada no banco do passageiro, não conseguir pôr em prática aquilo que planejei (apesar de o último post dizer que planejar não é necessário, nem sempre é possível fugir!), comentários desnecessários, aulas infames, pessoas lerdas, o trânsito, crianças berrando, barulhos com a boca... aaaah! Posso enumerar várias situações que me irritam, e nem sempre tomo as atitudes mais sábias quando estou irritada! Aliás, acho que nenhum sábio se irrita... Alguém consegue imaginar Gandi se irritando com o trânsito? Ou Buda irritadíssimo com alguém? Ou ainda Madre Teresa desesperada com o barulho das crianças gritando? Acho que não, né?!

É isso que estou tentando me tornar, uma pessoa sábia o suficiente para entender as limitações das pessoas e as diferentes personalidades com que convivo diariamente. Respirar fundo e acalmar o coração às vezes funciona, tentar me concentrar em alguma outra coisa que abstraia a situação que me irrita também pode ajudar, mas por favor, me ajude a ser sábia e não venha palitar seus dentes do meu lado!

sexta-feira, 11 de abril de 2008

Planejar... pra quê?

Ele planejou tudo. Da onde deveria sair, qual seria o melhor meio de transporte em cada cidade e país específicos, horários de partidas e chegadas. Mantinha um controle rígido do tempo gasto e do tempo necessário para cumprir cada trecho da sua aventura. Planejou até o que não era planejável, atrasos, mudanças de rotas e os mais variados imprevistos, tudo estava devidamente sob controle. Enquanto seus companheiros de aventura se desesperavam por conta de um ou outro fator que não tinham nem imaginado que iria acontecer, ele mantinha a calma e serenidade. Sabia que sempre há erros no planejamento, por isso os erros também tinham sido devidamente calculados. Parecia tudo sob controle, até quando não estava.

Depois de muitas peripércias, imprevistos, desesperos, um novo amor e, com certeza, muita história para contar, chegaram ao destino final. Mas, com cinco minutos de atraso, o suficiente para perder 20 mil libras. A decepção toma conta de todos que fizeram parte daqueles dias cheios de novidades. Não, não pode ser, depois de ter planejado tudo com tanta perfeição e ter se esforçado ao máximo para fazer tudo dar certo e certificar-se de que todos os companheiros estavam ilesos ao fim da loucura proposta, cinco minutos teriam acabado com o sonho de 80 dias?

Um único fator tinha sido deixado de lado... durante a viagem, ganharam um dia, por causa da mudança de fusos horários e só perceberam isso 10 minutos antes do prazo final estabelecido. Ufa! 20 mil libras ganhas e o esforço recompensado.

Moral da história: planejar pra quê, se o único fator que foi deixado de lado salvou a história?

terça-feira, 8 de abril de 2008

Sonhos....




Parece uma palavra tão simples: sonho. Um substantivo de duas sílabas, sem acento, não há gera dúvidas se é com "s", "dois esses" ou "ç", mas para mim é um substantivo abstrato. E bota abstrato nisso.

Por que sonhamos? Como e quando os sonhos se formam? Como eles aparecem de repente na nossa cabeça e elaboramos um plano para torná-los realidade? Tem alguém que não tem sonhos? É possível viver de sonhos? Ou será que engorda? Será que a sociedade em que vivemos influencia e muda nossos sonhos?

Às vezes penso quais seriam meus sonhos, meus desejos e ambições se vivêssemos há 50, 60 anos atrás... Tenho sonhos, muitos deles por sinal. Não demoro nem cinco minutos para pensar em pelo menos 10...

  1. Falar árabe
  2. Conhecer a França
  3. Casar e ter filhos
  4. Ser correspondente internacional
  5. Ter uma carreira de sucesso
  6. Ser feliz
  7. Dar a volta ao mundo
  8. Ser amiga da minha filha (tá, ou filho)
  9. Voltar à Bakersfield
  10. Ter uma casa na praia, ou melhor, morar na praia

O que seria diferente se estivéssemos em 1935 e eu tivesse 23 anos? O meu sonho seria ter um lindo enxoval e me preocuparia com as surpresas da noite de núpcias? Não, comum demais e previsível demais. Talvez estivesse preocupada em aprender uma nova receita para poder chamar minhas amigas e mostrá-las a exímia cozinheira e dona de casa que 'sou'. Do que viviam essas mulheres? Juro que tento entender, mas não tenho idéia de como passavam o dia. À espera do marido? Cozinhando, bordando, engomando.... será que esses eram mesmo os sonhos delas? E se ninguém nunca tivesse queimado um sutiã em praça pública? Será que esse seria meu sonho? Fazer a diferença ou ser uma esposa exemplar? Quem foi que disse que depois que algumas mulheres se revoltaram todas tinham que seguir os passos delas? Não sei quem disse, mas foram tantas vezes que disseram que, de uma década para a outra tornou-se comum ser mulher, e não mais esposa, ser batalhadora, e não mais caseira, sair à procura, e não mais esperar ser encontrada. E isso é ser contemporânea... saber de moda, arte, cultura, economia, política, saúde e educação. Acho que essa sou eu, eu tenha que ser eu.

Estou confusa hoje (acho que deu pra perceber, né?). Sei bem onde quero chegar, mas não sei como fazer para chegar lá. Qual o melhor caminho e como traçar esse caminho...? Sou imediatista sim! Quero aprender árabe e ser fluente logo, ter dinheiro para poder casar, ter um emprego milionário semana que vem, e no próximo ano dar a volta ao mundo. Mas o que fazer para realizar esses sonhos? Mudar de sonhos?

Dicas, sugestões ou comentários, por favor, manifestem-se!

quarta-feira, 26 de março de 2008

Sobrevida

Política no Brasil é uma coisa engraçada e nunca me agradou. Fiquei 5 anos da minha vida no centro político brasileiro e ainda assim nunca me chamou a atenção. Participei do movimento caras pintadas quando ainda era criança, lembro de estar na esplanada, cercada de gente realmente revoltada com a situação política brasileira, e tudo que eu conseguia pensar era "que vergonha dessas pessoas gritando: 1, 2, 3, 4, 5 mil, queremos que o Collor vá para...!" (a rima é possível deduzir!) Tudo bem que eu tinha 6 ou 7 anos de idade e não tinha a mínima idéia da realidade do governo, aliás, acho que nem sabia o que era isso. Tudo que eu entendia naquela época é que o presidente tinha roubado, e como a gente aprende desde criança que roubar é errado, ele tinha que ser punido de alguma maneira.

Alguns anos depois de ver a revolta dos cidadãos nas ruas da capital nacional, vi também o tal marajá ser reeleito no seu estado. Li e estudei o papel da imprensa na eleição do tal presidente jovem e arrojado, a edição do último debate político antes das eleições, a forma como a própria mídia o colocou em destaque e depois ajudou a destruí-lo. Talvez tenha sido aí que nasceu o meu desinteresse.

Toda a sujeira que envolve, e sempre envolveu, a política nacional pode ser um estímulo para alguns quererem entrar neste meio para mudar, fazer a diferença. Eu sou um pouco descrente com relação a mudanças. Tenho uma grande desconfiança de pessoas que dizem ter mudado da água para o vinho, e acredito que mudar todo um sistema que funciona há 500 anos com base na corrupção e favorecimento de poucos é utópico. Não sou pessimista e também não defendo o atual sistema, mas acho que no meio de tanta roubalheira, escândalos e crises, muitos já tiveram a oportunidade de fazer a diferença para o povo e fizeram a diferença para o bolso. Acho que não sou a única brasileira descrente dos políticos.

Chego à conclusão que para fazer política é preciso ter um dom. Com certeza não nasci com ele e há alguns anos criei uma aversão a quem participa dos movimentos políticos. É, eu sei, como jovem jornalista eu deveria ser uma daquelas pessoas engajadas em movimentos políticos e sociais, para fazer a diferença e salvar o mundo do capitalismo destruidor que acaba com a oportunidade de muitos e privilegia poucos. Eu sei bem como é o discurso, acredite. E por isso não gosto dele. Toda vez que eu escuto um desses discursos sociais, que querem o bem de todos e dar oportunidades iguais para que todos possam ser felizes, vem à minha mente, sem que eu perceba, a imagem da propaganda de pasta de dente e a frase "Vamos salvar o mundo das cáries!". É errado e maldoso, eu sei, mas é mais forte do que eu.

Toda essa intensa aversão à política vem de um trauma no meu relacionamento, mas com certeza foi intensificado ao longo dos anos, com todas as notícias de corrupção e má índole de quem está no poder, especialmente nos anos de eleições. Parece que aqueles que acusam nunca tiraram nem um centavo dos cofres públicos para benefício próprio, mas sabem muito bem como funcionam os sistemas de corrupção da oposição.

É ano de eleição é assim, qualquer indício de falcatrua nos outros partidos é motivo de investigação, até aquilo que não é exatamente roubo dos cofres públicos. Ou talvez seja. Não sei. Se aproveitar do dinheiro público é tão comum que exigir uma passagem aérea pode parecer inofensivo, mas quando é colocado no jornal e povo escuta "passagem aérea para prestadores de serviços" pode parecer mais um parente favorecido com umas férias no nordeste, pagas com dinheiro do contribuinte, claro. Ninguém pensa que é um profissional sério, que quer lutar por uma melhora no sistema de saúde.

Tudo isso para dizer que ontem, a ganância de alguns para estar no poder tirou aquele meu aperto no peito que estava me deixando louca. Não sei se por muito tempo, mas ganhei alguns dias ou semanas de paz interior.

terça-feira, 25 de março de 2008

E agora, José?

Alguns poemas ficam eternizados. Talvez seja por que eles foram tão massacrados na gente quando estávamos na escola que eles simplesmente ficam na nossa cabeça e a gente faz questão de lembrarmos deles, para parecer que somos cultos ou algo do tipo. Eu passo longe de ser super culta, mas esse poema de Drummond representa muito bem o meu estado de espírito no momento.

Só para relembrar:

José
E agora, José?
A festa acabou,
a luz apagou,
o povo sumiu,
a noite esfriou,
e agora, José? e agora, você?
você que é sem nome,
que zomba dos outros,
você que faz versos,
que ama, protesta?
e agora, José?

Está sem mulher,
está sem discurso,
está sem carinho,
já não pode beber,
já não pode fumar,
cuspir já não pode,
a noite esfriou,
o dia não veio,
o bonde não veio,
o riso não veio,
não veio a utopia
e tudo acabou
e tudo fugiu
e tudo mofou,
e agora, José?

E agora, José?
Sua doce palavra,
seu instante de febre,
sua gula e jejum,
sua biblioteca,
sua lavra de ouro,
seu terno de vidro,
sua incoerência,
seu ódio – e agora?

Com a chave na mão
quer abrir a porta,
não existe porta;
quer morrer no mar,
mas o mar secou;
quer ir para Minas,
Minas não há mais.
José, e agora?

Se você gritasse,
se você gemesse,
se você tocassea valsa vienense,
se você dormisse,
se você cansasse,
se você morresse...
Mas você não morre,
você é duro, José!

Sozinho no escuro
qual bicho-do-mato,
sem teogonia,
sem parede nua para se encostar,
sem cavalo preto que fuja a galope,
você marcha, José!
José, para onde?

Pra onde? Se eu soubesse iria.... não é por falta de vontade que não vou. Quem me conhece sabe que vou, mas estou me sentindo um José. Sem opções, e aquelas que me restam não me agradam, devo confessar. Na verdade cansei. Cansei de ser José, de me sentir mais sofredora que as mocinhas das novelas mexicanas, definitivamente o papel de Maria do Bairro não serve para mim. Mas é assim que tenho me sentido ultimamente e talvez seja esse o motivo de eu estar tão insatisfeita com o meu atual estado de espírito. Não gosto de dramas e tenho me sentido em um eterno drama, desde que a cortina fechou. Até então tudo era festa. Fevereiro é sinônimo de festa e realmente foi. Até a metade do mês tudo foi uma grande festa. Ainda era férias, eu tinha essa desculpa. Mas aí chegou março, e a realidade começou a se mostrar, cada vez mais forte, cada vez mais chata e, com certeza, mais desesperadora.

Sinto que a minha vida está passando, e que eu sou uma mera espectadora desse filme chato, daqueles que dá vontade de sair no meio, pra ir no banheiro, comprar pipoca ou até conversar com o tiozinho da portaria. Qualquer outra coisa com certeza seria bem mais interessante. Mas aí está mais um drama chato. Ainda bem que ninguém é obrigado a ler isso aqui até o fim, porque dramas nunca são bons. Talvez eu ainda tenha que aprender alguma lição de tudo isso que eu estou vivendo, mas no momento tudo que vejo é um tremendo DRAMA! Não se sinta culpado se você vier falar comigo e quiser me contar as mil maravilhas que aconteceram na sua vida. Não sou daqueles que se estou no fundo do poço quero que todos se joguem comigo. Prefiro estar rodeada de pessoas alegres e satisfeitas, até porque assim me livro desse estado de espírito dramático que me consome (e olha o drama aí gente!).

Estou começando a achar que isso aqui é uma ótima terapia. Quando comecei a escrever estava com um tremendo aperto no peito. Não que ele tenha ido embora, até porque o motivo maior do meu drama é esse aperto que me deixa louca e não me deixa dormir, mas escrever com certeza alivia as tensões, acho que dá aquela sacudida nos pensamentos e faz colocar em ordem tudo aquilo que estava jogado dentro de uma caixinha lá no fundo.

É, o aperto continua.....

segunda-feira, 24 de março de 2008

Só para começar....

Precisava escrever. Talvez seja um daqueles ímpetos jornalísticos que dá nas pessoas, e que talvez em mim seja um pouco mais evidente porque teoricamente essa é a minha profissão. Jornalista. Pois é. Não sei ao certo quando nem como e muito menos o porquê desta escolha. Talvez tivesse sido um desejo de falar para o mundo tudo aquilo que não conseguia falar nem para mim mesma. Ou talvez a minha professora de redação da quinta série (e companheira de raia de natação) tenha sido a culpada. Foi ela que um dia conseguiu as pautas do DF TV, resolveu levar para a sala de aula e mostrar para aquelas crianças que nem sabiam direito para que aqueles papéis serviam. Lembro que os papéis passavam de mão em mão pela sala de aula. Alguns não davam muita importância. Outros olhavam e liam com curiosidade. Eu lembro de ter achado o máximo o fato da minha professora conhecer alguém da televisão. E ainda trazer para a gente os rabiscos e anotações daqueles jornalistas nas notícias do dia anterior. Pensando melhor, acho que o sonho da minha professora era ser jornalista. E acabou parando na sala de aula. Talvez eu tenha muitas coisas em comum com ela. A diferença é que eu sou jornalista. E mesmo assim estou na sala de aula.