domingo, 12 de dezembro de 2010

Um ensaio sobre a saudade

Não vejo poesia em sentir saudades. Saudade é um sentimento exaustivo, que dói e parece atrapalhar cada momento do dia.

Acordo de manhã com saudade do tempo em que estudava à tarde e levantava só para nadar. No almoço sinto saudade da comida caseira e deliciosa que minha mãe prepara diariamente. À tarde tenho saudade dos dias em que ia para a piscina do prédio estudar para a prova do dia seguinte. Ao sair do trabalho, sinto saudade da época que trabalhava a cinco minutos de casa e não tinha que pegar quase uma hora de trânsito para chegar ao meu destino final. À noite é a hora de sentir saudade de planejar um jantar rapidinho e delicioso que servia como desculpa para ver quem se ama. Na hora de dormir, a saudade bate por conta da cama vazia, saudade daquele abraço gostoso que acolhe e parece fazer esquecer todas as outras saudades que apareceram ao longo do dia.

Saudade do tempo que não volta, dizem os pessimistas. Mas nem é para voltar. O caminho natural da vida é exatamente esse. Seguir mudando e aprendendo com tudo aquilo que sentimos saudades. Refletir e lembrar-se dos bons momentos que vivemos, em um passado próximo ou distante, mas que sempre deixam aquele gostinho de quero mais e fazem nascer a saudade dentro de nós.

Sinto saudades, não só de momentos e lugares, mas principalmente das pessoas especiais que nem sempre estão presentes no meu dia a dia.

3 comentários:

Celi disse...

Ola!
Quantas palavras sinceras,saudade é um sentimento inexplicável... que doi na alma...
Gostei muito da sua forma de escrever...

Abraços
Celi
www.casanovaeagora.wordpress.com

Jonny disse...

Essas palavras saem do coração mesmo!
Desafogam a saudade em um mar de lembranças, boas, sinceras, inexprimíveis mesmo no silêncio do tempo.

A saudade dói um pouquinho, e desperta uma lágrima de emoção de tempos que não voltarão jamais, mas que poderão ser repetidos de uma forma, digamos, mais emocionante!

Essas experiências acrescentam degraus em nossa vida. E nesses degraus que subimos, sempre temos uma vista mais alta e melhor do mundo!

Parabéns pelo texto!
AbraçoS,

Pati disse...

Com esse belo texto é inevitável não tocar o coração justamente naquele cantinho onde a saudade mais dói!

Mas mesmo que a saudade exita, doa e se faça presente, só nos resta seguir em frente para que lá na frente... daqui alguns anos, possamos sentir saudades do nosso hoje!

Lindo texto!
Beijo querida