terça-feira, 24 de junho de 2008

À espera do final feliz...

Era uma vez uma princesa que adorava novidades. Desde quando nasceu, ela mudava de reino em reino para conhecer coisas novas e viver experiências diferentes, pois acreditava que só assim poderia conhecer tudo o que o mundo realmente oferece. A família real às vezes se mudava junto com a princesa e de vez em quando ela ia sozinha, mas isso nunca a amendrotou. Ela jamais teve medo de mudanças e de viver em lugares diferentes e longínquos, porque sabia que crescia um pouco mais a cada nova conversa, novo lugar e nova pessoa com quem convivia. Ela tinha certeza que sempre deixava algo de bom nas pessoas que conhecia e por isso, apesar da tristeza de ter que partir e se distanciar das novas – e velhas – amizades, ela se sentia feliz de saber que na volta, mesmo que remota e distante, as pessoas mudariam e o reino também, mas aquele sentimento bom, daquele momento vivido, nunca morreria.

E assim ela passou por vários lugares, conheceu muitas pessoas e experimentou um pouco de algumas das culturas dos reinos perto do seu. Mas em uma dessas andanças ela conheceu um pessoa mais do que especial, por quem se apaixonou. Ele era seu verdadeiro príncipe encantado e formavam um lindo casal, viviam sempre muito felizes. Assim como em qualquer outro relacionamento passaram por dificuldades, mas o amor entre eles era maior do que qualquer adversidade. Foram anos de alegria, companheirismo, alegrias e tristezas divididas. Um ia, o outro vinha e, apesar de algumas vezes estarem em reinos distantes, sem dúvida nenhuma seus corações sempre estavam juntos (e misturados!).


O casal fazia planos para viverem felizes para sempre, quando, de repente, uma terrível guerra estourou em um reino muito distante. O príncipe, um dos melhores guerreiros da região, foi convocado às pressas para comandar o exército da frente de batalha e em poucos dias teve que se mudar, sem data certa para voltar. Ele foi e ela ficou. Sem reação, a princesa não sabia como continuar sua vida longe do seu príncipe encantado e chegou até a pensar em ir com ele. Mas como? Largar sua família, seus planos, sua vida por causa de um.... amor?



Nos contos de fada a decisão parece ser óbvia, mas e na vida real?

segunda-feira, 2 de junho de 2008

O nariz é meu

Que poder as pessoas acham que têm para resolver decidir o que vai ser da vida dos outros? É engraçado essa crença de algumas pessoas se acharem mais capazes ou mais experientes do que as outras e decidirem sobre o destino ou até mesmo sobre as pequenas coisas da vida dos outros. É quase que um vício do ser humano opinar sobre a vida alheia e acreditar que se os outros não vivem como eles, então está tudo errado. Os famosos sofrem com o julgamento público o tempo todo e isso se tornou tão normal que a vida deles é tema de conversas entre amigos, colegas e nos programas de tv desesperados por audiência. Mas isso já se tornou tão normal que são poucas as vezes que os ricos e famosos são realmente difamados, na maioria das vezes já surge outro boato e as pessoas esquecem do borburinho anterior. A maldade é grande, mas não chega a fazer grandes estragos (quero deixar bem claro que não concordo com a imprensa que vive às custas das novelas e reality shows globais).

Mas o que mais me assusta é a agressividade com as pessoas normais mesmo. Tenho visto, vivido e assistido à algumas situações com as quais eu realmente não me conformo. Não consigo entender como que alguém consegue se sentir bem usando todo o poder (que muitas vezes nem tem) para opinar, julgar e decidir sobre outras vidas. Aquelas pessoas que acreditam ser mais poderosas que as outras, que são prepotentes o suficiente para acreditarem que são donas da vida dos outros. Tem gente que se acha um pouco Deus e sai palpitando e impondo sua vontade sem ao menos questionar se o que estão fazendo é certo. Não se importam com os sentimentos alheios, e passam por cima até mesmo das mais inocentes das criaturas, que não tem defesa nenhuma.

Me indigno assistindo filmes que infelizmente sei que são verdade. Não acredito que uma pessoa usa e abusa do poder para conseguir dinheiro ilicitamente às custas de outras pessoas, ou utiliza do seu conhecimento para decidir sobre o direito à vida.

Quero ser dona do meu próprio nariz. Queremos ser donos do nosso próprio nariz. Querem ser donos do nosso próprio nariz.